sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Clara Bow, a primeira it girl

Hoje em dia o termo it girl é a nova forma de se referir às que seriam patricinhas nos anos 90. E não mudou muito o perfil das patricinhas de outrora e a it girl de agora: cabelos bem cuidados, ombré highlights no lugar das ballayagens, babyliss no lugar da chapinha, bolsas gringas e clássicas e roupas impecáveis sempre acompanhadas dos predicados boa filha e/ou esposa dedicada.

As características das mocinhas de hoje são quase antônimas com as da garota que originou o termo, a atriz do cinema mudo, Clara Bow. A menina nascida no Brooklyn (NY) teve a infância sofrida e nunca se identificou com as meninas de sua idade. Começou a carreira participando de concursos de revista até que chegou a Hollywood. Ruiva (de henna!), Clara tinha 1,61m, levou vários nãos por acharem-na gorda, tinha rosto de bebê, (talvez por isso) sempre usava maquiagem carregada, de olhos bem marcados e se tornou ícone dos loucos anos 20.




Clara era a sex symbol do seu tempo e ganhou o título “the it girl” com seu filme de maior sucesso, It de 1927. Ela era a garota com um q a mais que hipnotizava com seu olhar grande, expressivo e castanho. Mas, Clara nunca foi boa moça. Fora das telas ela era conhecida por seus inúmeros casos amoros, bebedeiras e escândalos. Uma bad girl que assim como a boa parte das atrizes do seu tempo teve um tempo curtíssimo de carreira, começou com 16 e encerrou aos 28 anos (e fez mais de 50 filmes).
O termo it lá na era Bow era mais uma característica de personalidade (atitude). A garota ícone, que magnetiza a platéia, a garota que todas queriam ser. É curioso ver como o termo foi subvertido na nossa era. Um termo quase de rebeldia e trasngressão, agora é usado para definir as garotas ideais (filha e esposa perfeitas). Ok, talvez Olivia Palermo, Serena e Blair só tenham adquirido a definição de it girl, por não serem exatamente as meninas boazinhas dos seus seriados.


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